HEGEL E O “FIM DA ARTE”

Raul Salomão de Souza, Robinson dos Santos

Resumo


Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) compartilhou com seus contemporâneos, os românticos, a mais alta estima pela arte. Com eles compartilhou da ideia de que em sua função histórica, a arte chegou a ser equiparável às funções da religião e da filosofia, mas justamente (e nisso se diferencia deles) quando a arte era inseparável da religião e quando a filosofia não havia se configurado como tal. A estética de Hegel é uma “ciência da arte” ou mais precisamente “filosofia das belas artes” com ênfase em seu conteúdo divino, e para o filósofo especulativo, a arte é automanifestação do Espírito. À arte cabe a posição de “centro” entre natureza e o espírito, sendo assim “mediadora”, e na Idade Moderna teria perdido o lugar privilegiado que ocupava nas sociedades gregas e orientais, tornando-se assim numa “coisa do passado”. O presente trabalho pretende analisar a arte indicada por Hegel em seus três estágios de desenvolvimento histórico: 1) a arte simbólica no mundo oriental, 2) a arte clássica na Antiguidade e 3) a arte romântica na época moderna. O “fim da arte” se segue consequentemente à tríade mencionada de seus estágios históricos, significando de início a exclusão principal de estágios ulteriores e elevados da arte.

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