CLAUDIO GOULART: ENTRE TRAJETÓRIA, ARQUIVOS E MEMÓRIA

Fernanda Soares da Rosa, Mônica Zielinsky

Resumo


Esta pesquisa tem como intuito investigar questões referentes a arquivos e memória a partir da produção do artista brasileiro Claudio Goulart (Porto Alegre, 1954 – Amsterdã, 2005). Desenvolvendo sua carreira em Amsterdã, desde a metade dos anos 1970, Goulart participou de exposições e projetos em vários países como Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Suíça, Inglaterra, Cuba, México, Japão, entre outros. Mesmo possuindo uma vasta e importante produção, com projeção internacional, o artista nunca se tornou tema de uma pesquisa de arte, nem teve um estudo aprofundado sobre seus trabalhos. Tendo como fonte principal a coleção Artistas Contemporâneos, da Fundação Vera Chaves Barcellos, que abriga um significativo acervo de Goulart, esta pesquisa se dá partir de acervos de arte e centros de documentação que possuem registros, documentos e obras do artista. Dessa forma, percebendo seu esquecimento entre as linhas da história da arte brasileira, problematizase as causas desse apagamento da memória no contexto da arte regional e nacional. De que modo um artista que se preocupou em trabalhar em seu acervo pessoal e em suas obras a memória de tantas formas acabou esquecido pela memória local? Os usos da memória e do esquecimento tanto na história quanto na arte levanta importantes e interessantes discussões, sendo parte de um debate atual e necessário.

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