ARTE CEMITERIAL EM PELOTAS: UMA ANÁLISE PATRIMONIAL E MUSEOLÓGICA

Lucas Moura Barbosa, Márcio Dillmann de Carvalho

Resumo


As sociedades têm seus diferentes costumes de encarar a morte, suas ações são evidenciadas pelo sentimento de perda e ao vínculo com a perpetuação da memória daquele ente que não está mais em seu convívio. Essa memória é retratada pela construção de monumentos que representam entre vários aspectos, a religiosidade e o poder. Os túmulos e jazigos são os representantes da Arte Cemiterial, esses repletos de informações visíveis e invisíveis, são grandes ferramentas e fontes de memória e história. Suas formas são repletas de símbolos, atributos e alegorias, conjuntos artísticos que correspondem a um importante patrimônio cultural. Na maioria das vezes, tais monumentos não são corretamente evidenciados e protegidos, pretende-se assim neste trabalho analisar sua importância e caracteriza-la através de um viés museológico, relacionado às suas possibilidades de apropriação e mediação. Utilizaremos para este trabalho obras encontrados no Cemitério da Santa Casa, atualmente designado como Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, localizado no bairro Fragata, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul e fundado em 1856. O ambiente é repleto de imagens e representações escultóricas, atribuídas a importantes artistas plásticos, evidencia-se assim um espetáculo ao céu aberto importante de ser preservado.

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